quinta-feira, 19 de abril de 2012

Ri-me


Ri-me da falta de sorte,
Das desventuras sem mortes,
Ri-me das trapalhadas repetidas,
Das falácias absorvidas.

Por vezes falei contextualmente,
Outras tantas polidamente,
Omiti e desconversei falhas recorrentes,
Mas ri-me de mim, divertido, incoerente...

Os tropeços e tombos não mais agudam em dor,
Apenas se compõem aos sorrisos, sem rancor,
Ri-me hoje ao te descobrir imperfeita,
Sabido disto já eu tinha, mas tenho por hábito prolongar a desfeita.

Ri-me destoante, às gargalhadas enfadonhas,
Para ti, já não me pareces medonha.
Controlo-me buscando o ar,
Ufa! Agora podes ter certeza...
Feliz daquele que admite suas impurezas.