Dor eterna de saudade infinda,
Meu peito se esmorece, fadigado de culpa... Ainda.
Dos lábios a cada dia mais distantes,
Dores consoantes.
Da rotina que não mais nos faz parte,
Das malditas lembranças que em meu peito ardem.
Saudade...
Dos sonhos que me despertam ao desespero,
Corroendo-me a alma, sem gelo...
Anestesia ou afins, nada mais é para mim.
Deixo-me a dor da falta, assim...
Corroendo cada palavra,
Debulhado em lágrimas,
Quando lembro que de tua pele alva.
Dos desejos que não mais se saciaram,
Dos momentos únicos que de passado viverão,
De toda vontade unívoca que a mim é solidão.
Meus monólogos de ausência tua,
Dos teus ‘nãos’ ditos a todo reencontro.
O tormento dessa pobre alma,
Que de morte ao passado se insinua.
Calma?
Já não sei mais onde guardei-a,
Longe do meu dia-a-dia,
Passando de mão em mão por quem de mim se aproxima.
Sinto, mas não estou pronto ainda.