Deixe a prosopopeia da minha caneta em paz,
Ela tem vida, sim! É geniosa, teimosa e sagaz,
Diz-me o que contar na hora em que se deita à folha,
Às vezes esfíngica se põe a divagar... Mas que coisa!
É ela quem controla e adorna minhas letras,
Eu apenas me guio dentre todas incertezas,
Sentimental canta canções próprias,
Possui... tantas histórias...
Possui...
Mais alma que muitas pessoas,
E ainda se atreve a dizer que todas são tolas.
Ah, como eu queria ter esta sensibilidade!
Minha caneta, minha divindade.